- Toda a sua negação não vale um centavo! Eu me lembro bem da vez que tu escreveu, e disse, e sentiu que me amava. Você pode enganar todo mundo, menos a mim.
- Tanto faz.
- Da onde que veio toda essa indiferença? E pra que essa indiferença? Tu costumava a me amar, e ler os teus poemas pra mim. Pra que isso tudo agora?
- Sei lá.
- Sei lá? SEI LÁ? Porra, Luiza.
- É, sei lá.
- Caralho. Eu achei que tu me amava.
- Eu também achei.
Coçou o nariz.
- Vai embora.
- Eu já fui faz tempo.
Daí se beijaram.
E começou tudo de novo. Ela se afastou, ele ficou puto, ela volta, e ele acha que vai dar certo. Mas nunca dá. Sempre dá.
- Até quando, Luiza? Até quando?
Ela traga o cigarro lentamente, e sorri com os olhos semi-cerrados.
-Pra sempre.
E ri.
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