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sábado, 27 de março de 2010

Putinhas da colina

Garotas do sagrado coração nunca vão amar você. Não adianta implorar por seu amor, porque aquelas meninas não querem porra nenhuma com você. Meninas como elas e como elas não dão a mínima pra sua existência. Em meio das freiras m das festas e garotos mais ou menos interessantes elas vão arrastá-lo pro inferno.
Elas querem seus cigarros mentolados e suas garrafas de vodka pura pra passar mais uma noite de suas vidas. A emoção, o arrepio, a adrenalina são as únicas recompensas que elas querem para a difícil tarefa que é viver, com suas botas militares, saias curtas de prega por cima de suas meias arrastões rasgadas em lugares estratégicos. Sexo? Sexo pra elas é como dançar. Um dança arriscada que a faz sorrir com o perigo.
Nada é muito difícil para elas. Contar calorias aprenderam rapidamente, assim como combinar as roupas com qualquer coisa colorida da sua maquiagem. Sabiam coisas do céu e da terra, sabiam como deixar o cabelo impecável, e sabia como fazer todos olharem quando elas passassem. Acima de tudo, sabem que são bonitas, mas não precisam anunciar isso. Qualquer um vê.
Poucas garotas são como elas e tudo que procuram é pela a gloria. A gloria de ser diferente de todo mundo, a gloria de querer que implorem por seus corpos e sua alma. A gloria que é ter o mundo nos seus dedos, pois a inocência já se foi a muito tempo e a felicidade se pode ser arrancada de qualquer bobagem
“Conheço vocês!” “É claro que conhece!”

Sometimes

É inevitável. Toda vez que vejo ele passar do outro lado da rua, e ele sorri pra mim, eu arrepio. Talvez seja a voz dele, ou apenas o olhar rápido que ele me da as vezes, pois pelo menos ele não fingiu que não me viu como tantas outras vezes.
Fico pensando porque me arrepio assim, porque simplesmente eu não posso tratá-lo como tantos outros que passaram na minha vida, como todos os outros que eu me arrisquei. Talvez ele seja diferente. Talvez nós dois sejamos diferentes, mas os meus erros e os deles somados fazem que nos afastamos cada vez mais. Eu sei que vai haver uma hora que talvez ele não me reconheça mais, que ele nem saiba mais da minha existência. É triste pra mim, porque sei que cada vezes que as lembranças voltarem eu vou sorrir por todas as lagrimas. Eu sei que talvez essa seja uma frase esquisita, mas eu sei que você talvez me entenda, pois é a mesma coisa quando você sabe que uma coisa é linda numa forma triste de ser.
Da próxima vez que encontrá-lo, vou tentar não olhar nos seus olhos, pra ele não perceber o brilho de esperança que ronda em mim. Pra ele não perceber que eu não estava mentindo, fingindo e nem estava enganada naquela noite que eu disse que o amava. Eu tenho certeza que ele lembra.

domingo, 14 de março de 2010

Sonhos pra trás

Aprendi a me esconder nas palavras. Pra mim sempre foi muito fácil abrir um caderno, ou escrever na internet pequenos desabafos que me faziam sentir um pouco mais livres. Não faz muito tempo que me especializei nisso, mas sei que faço o bem o suficiente pra me proteger de mim mesma.
Com as palavras, poucas ou muitas, comecei a inventar as fantasias que eu sempre sonhei em viver. Devo ter notas e mais notas de frases anestesiantes como a morfina, que afinal, um dia fizeram efeito em mim. Também tenho textos extensos demonstrando sentimentos reais. Coisas que eu escrevo pra me livrar. é bem difícil.

Com o tempo aprendi que o meu maior refugio era a minha própria mente. Aprendia criar falsos lugares, meu País das Maravilhas, com os personagens que sempre sonhei pra minha vida. Mas contudo, aprendi que isso nunca vai me ser suficiente.
Decidi me desprender de meus sonhos infantis e encontrar a realidade instável que me convém.

Orgulho

O pequeno copo em cima da mesa dele contem cerveja barata.
Cerveja barata e quente, diga-se por sinal, porque o refrigerador do bar está quebrado. Tanto faz pra ele, ainda mais que a cerveja sai cinqüenta centavos mais barata por isso. E além do mais, ele tem coisas muito mais importantes a se preocupar do que o gosto amargo da bebida.
No celular ele fala alto com a voz grossa de meia idade.Pelas roupas que usa percebo que o salário que recebe não é lá grandes coisas. Ficou conversando uns vinte minutos com alguém do outro lado da linha, rindo alto, como se precisasse da minha e da atenção das outras pessoas do recinto, mesmo que não direcionasse o olhar pra ninguém, pois seu orgulho não deixava.
Gira a chave da moto entre os dedos da mão, e bate os pés com coturnos pretos enlameados. Depois de meia hora que ele bebe o primeiro gole, e vira o copo.

Estou decidida em pensar que ele precisa de algo mais forte. Talvez um gole de Absinto ou uma dose farta de amor.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Merdas aocntecem.

Parei uns segundos (ou foram horas?) para refletir sobre nós hoje. Não seria nada anormal comparado que eu sempre faço isso, a muito tempo todos os dias da minha vida desde que te conheci. Mas hoje não parece um dia normal, porque não foi como sempre. Nada de corações coloridos, sem pensamentos felizes e nada de fogos de artificios imaginarios.
A primeira coisa que cheguei a conclusão, é que nosso tudo sempre foi nada. Mas ao mesmo tempo, o nosso nada sempre foi tudo pra nós.

Sem mais delongas, eu não tenho mas inspiração pra escrever, da pra se perceber isso. Anda parado o blog, e as folhas dos cadernos estão sempre limpas e sem rabiscos de frase alheias. Pra mim , é foda ficar assim e eu não entendo porque esse bloqueio mental pairou sobre mim. Não da pra aguentar.
Vou morrer se não conseguir mais escrever.