Eu olho meu rosto desmaqueado e puro no espelho e eu já não vejo minha máscara Francis. Sou só eu sem nome, e minha alma na noite. Eu, música, ritmo, e eu. Egoísmo, e só por falar, egoísmo me lembra de suicídio. E não, eu não planejo um suicídio, não mais. Me acho importante de mais pra me matar. Idiota. Quem choraria no meu último suspiro? Minha família? Ele? Ela? ELE? Você? Lagrimas de crocodilos banhando meu corpo morto. Não! Isso é nojento. Não quero acabar com vozes de pena por mim, porque não tem pelo o que sentir pena de mim. Eu tenho ao espelho, e através dele eu sei quem eu realmente eu sou. Só eu sei, e não adianta nem tentar me decodificar, nem reler as porras dos meus textos, ver as merdas das minhas fotos, falar comigo ou olhar diretamente em meus olhos. Tá tudo programado aqui, vou esconder até a morte quem eu sou de você. Vocês. Alias vocês nem gostariam mesmo de saber. ALIAS... Quem são vocês? Porque estão ainda aqui? Realmente não entendo.
Palavras numa folha. Em um blog. Um dia se eu reler isso, eu não vou entender. Não quero entender o que eu já entendo.
E o que eu entendo é que ninguém entende que eu entendo não entender nada, e isso me basta. E eu, louca, psicótica, escritora fajuta, eu ódio, eu compaixão, eu psicopata. Isso basta pra você?