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terça-feira, 13 de julho de 2010

Sobre tudo isso, eu sei.

Sobre estar só, eu sei.
Eu sei o que é me sentir sozinha e não gostar. Sei gostar também da solidão, apreciá-la a cada mordida ( que ela me dá, não que eu dou). Eu sei muito bem o que é estar rodeada de familia, de amigos, de amores e ainda me sentir sozinha. Ser sozinha é um estado psicológico, não físico. Pode apostar.
Sobre estar triste, eu sei.
Eu sei como é não querer levantar da cama a cada dia que passa. Sei o que é chorar uma noite inteira, um dia inteiro, uma semana inteira, mesmo que seja só por dentro. Sei o que é ser ferida mentalmente, fisicamente, sei o que é ser traída pelas pessoas que eu mais confiava.Sei o que é desabafar com pessoas que eu achei que nunca ia desabafar na vida, e só assim ficar melhor.
Sobre estar feliz, eu sei.
Sei o que é passar uma tarde inteira rindo de verdade. Sei o que é passar um verão inteiro sem chorar, sei o que é ter alguém pra contar pra sempre. Sei o que é comer uma pipoca tão boa e ficar bem o dia inteiro por causa dela. Sei ver a felicidade em um olhar infantil, ou em um sorriso velho. Eu sei.
Sobre amar e ser amado, eu sei.
Eu sei o que é sonhar todo o dia com a mesma pessoa. Eu sei o que é sentir aquele aperto gostoso no coração, o sangue correr mais rápido, só por ouvir umas certas palavras ( e em certo casos, só ler). Sei o que é andar de mãos dadas e me sentir feliz. Sei o que é passar um dia inteiro perfeito com uma pessoa só. Dois dias, três, quatro. Sei que amar é uma coisa tão difícil quanto fazer Miojo. Ah, se é. Sei o quão bom é ouvir "eu te amo"'s pela manhã, tarde, noite e madrugada. Sei quanto um beijo com amor pode mudar uma vida.
Sobre Bagunça, eu sei.
Sei o que é ter mãe, pai, vó , tios e até amigos pegando no meu pé porque meu quarto é pior que cidade depois de furacão. Sei o que é perdeu uma chave em  uma bolsa, e encontrar 3 dias depois. Ou perder um óculos em uma bolsa, e achar 8 meses depois. Arrumar meu quarto, e 3 horas depois ele estar do mesmo jeito que antes, e nem saber como isso é possível.
Sobre ser Confusa, eu sei.
Sei ser, e deixar as pessoas confusas. Eu não sei como, sério. Só de pensar eu já fiquei confusa. Você devia perguntar pra Talyta sobre isso. É..
Sobre ser Bipolar, eu sei.
Eu sei o que é mudar de humor a cada 10 minutos, eu sei ser amável, agradável, Afável. Mas também e um poucos segundos consigo ser Agressiva, Arrogante, Ameaçadora. Ah, e esses são apenas os A's! Sei qe a bipolaridade é um saco, e que já perdi amizades por causa dela. Já perdi amores por causa dela. Sei de todos os pontos negativos e positivos de todos os humores possivel. "Me abraça!" "Não me toca!". Duas frases que eu gosto muito.



Sobre ser Francis, eu sei.
Eu sei de tudo e mais um pouco, dentro de minhas linhas Eu sei como é ouvir musica pra espantar o medo. Sei o que é ligar o abajur só pra ter certeza que não tem nada na escuridão. Sei o que é não ir pra escola só porque eu chorei a tarde toda. Sei o que é pintar as unhas de dois em dois dias. Sei o que é vaidade, sei o que é ódio, sei oque luxúria, sei o que amor. Sei cada linha da minha vida, na palma da minha mão. Sei o que é esperar um ano pra ver uma pessoa. Sei o que é esperar dois anos. Sei o que é ainda estar esperando. Sei o que é viver longe da minha mãe, e morrer cada dia um pouquinho por causa disso. Sei como o amor e o ódio se misturam aqui em casa. Sei como um bebê muda as pessoas. Sei como as palavras mudaram a minha vida, e sempre vão mudar. Sei o que é ser Bi, e ter dedos apontado pro meu rosto, dizendo que sou promiscua, puta, lésbica e uma pessoa sem moral. Sei o que é roubar corações e jamais devolver. Sei o que sentir frio, sei o que é sentir calor, sei como um sorriso muda um dia, uma noite, uma vida e uma alma. Sei que muita gente não vai ler até o final. Sei que o texto é confuso. Sei?






saber (ê)
(latim sapere, ter sabor, conhecer)



v. tr.
1. Possuir o conhecimento de. = conhecer ≠ desconhecer
2. Não ignorar. = conhecer ≠ desconhecer, ignorar
3. Ter experiência.


Sei.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Aliens, Robôs e Humanos. Quem você é?

Quando eu era pequena, eu gostava de observar tudo e a todos. Eu via cada pessoa existente a minha volta como aliens ou robôs. As vezes quando eu abraçava minha mãe, e ela estava muito ocupada e só me empurrava pra lá, eu botava na cabeça que um alien de outro planeta tinha absorvido o corpo dela, e que aquela não era minha mãe. Quando então ela me abraçava, dizia que me amava, e saía de mãos dadas comigo eu achava que ela tinha voltado pra mim, vencido aquele ET retardado que tinha tentado roubar-lhe o corpo.
Com meu pai era diferente. Eu nunca achei que ele era realmente uma pessoa humana, desde que tinha consciência que podia pensar o que eu quisesse. Pra mim ele sempre foi (e sempre será) um robô. É, ele sempre foi muito alinhado, muito concentrado, muito dedicado, muito sem movimentos, muito reto. Muito robô. "Ah sim, senhor! Ah sim, senhor!" Repetia varias vezes ao telefone. Eu achava que aquela frase tinha travado dentro da sua garganta metálica, ou um parafuso tinha se soltado de sua cachinhola ( era assim que eu chamava a cabeça de robô dele). Minhas irmãs e irmãos eram tão seres humanos, nas suas adolescentes conturbadas, bater de portas e quartos sujos! AH, como eu gostaria de ser eles. Acho que minha mãe Alien se irritava perante isso, e vivia brigando comigo quando eu, com meus 6 ou 7 anos, colocava uma blusa de minha irmã mais velha, ou falava um palavrão que tinha ouvido meu irmão do meio proferir a um amigo na sala, enquanto espiava seus diálogos escondida no corredor. Humanos! Errando, vivendo, rindo e sendo eles mesmos. Então eu fui crescendo, e meus irmãos também. E eu fui percebendo que cada um deles iam devagarinho, bem devagarinho mesmo se tornando robôs ou aliens, ou elfos ou que diabos eles precisassem ser nas suas escolas, seu trabalhos, suas vidas amorosas.
E eu tive minha fase humana, minha pequena e quase curta adolescência, aproveitei muito. Mas quando eu percebi que o mundo estava começando a  me tornar um belo robô, uma bela alienígena, eu me limitei a isso. Preferi viver a vida como um ser humano.  Porque nada melhor do que dizer o que pensa, e não precisar tomar óleo no café da manhã.