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Obrigada.


sexta-feira, 28 de maio de 2010

tchau.

Eu sei que todos vocês não vão entender, afinal. Mamãe, Papai, amigos e todo mundo.Eu amo vocês. Mas mesmo assim, eu sei que não vão entender porque eu estou indo embora. E dessa vez não é que nem aquela vez que fugi pra São Paulo, e 3 dias depois papai foi me buscar. nã-nã-não. Dessa vez eu vou pra sempre. Queria deixar claro que a culpa é extremamente de mim mesma, por ter acreditado de mais em um amor, e acreditado demais que a felicidade exista. Acho que isso serve de lição pra meus irmãos pequenos quando lerem isso quando tiverem idade: Não acreditem na felicidade, ela não existe. É só um golpe de marketing que a sociedade criou pra você ficar ai, correndo atrás de sonhos que nunca vão lhe trazer a felicidade (afinal, a mesma não existe). O amor é outro que é quase lenda por aí. Esse então, não vou dizer que é mentira, que não existe, pois sei que existe por que senti em mim. Foi por pouco tempo,mas senti. O amor é triste. Não importa.
Quero pedir perdão por todas as coisas ruins que fiz a mim, e que atingiu a vocês, papai e mamãe. Aqueles cortes fundos nos braços, e os lençóis manchado de sangue (prometo essa ser a última vez). Desculpa. As cinzas de cigarro jogadas de proposito no tapete novo, desculpa. Os tapas, as brigas, as discuções na mesa porque eu me recusava a comer, as horas que me trancava no quarto pra ficar na internet. Eu nunca soube o que era viver (e nunca vou saber), mas não me importo e nem me importei. Esses 19 anos que vivi foram o suficientemente pra eu entender que não pertenço a esse mundo.
Perdão por não ter gostado da vida, mamãe. Não culpa sua, não é de ninguém. Eu apenas sou diferente disso tudo que vocês chamam de mundo e vida.

Amor, Larissa.


O texto acima foi encontrado ao lado do corpo de uma nova e bela jovem, dentro de um envelope verde. Familia horrorisada por todo o sangue no chão, e pelo corpo sem vida no saco preto que nós policiais levavamos até o carro do iml. Mais uma morte por suicidio... Tão comum. Tão comum ler cartas como essa, e não chorar. Tão comum consolar mães que choram 3 dias sem parar até parar em hospitais psciquiatricos. Tão comum alguma dassas pessoas morrerem sozinha e só semanas depois descobrimos o corpo por conta do forte cheiro que o apartamento exala. Culpa da solidão.
Suicidio, morte. Por que cabeça isso nunca passou?

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Conto nostálgico.

Eu me lembro daquela casa perfeitamente. Eu devia ter oito anos, e Pedro Henrique uns dez. Era o melhor amigo de meu irmão, e eu estava perdidamente apaixonada por ele. Era uma menina tola. Daquela idade, e parecia já morrer por ele. Agora quando eu olho pra trás, eu devia até rir, mas eu não consigo. O riso fica todo preso na garganta quando eu me lembro daquela tarde de Novembro.
Chovendo, nós três, eu, Pedro, e meu irmão Diogo, da mesma idade de Pedro, tivemos a idéia de ir naquela casa que todo mundo tinha medo. Coisa de criança, casa velha mal cuidada. Eu morria de medo, só de pensar naquele lugar. Estremecia. Tinha lendas percorrendo a cidade sobre fantasmas, monstros e demônios invisíveis (e às vezes visíveis pra certas pessoas) na casa.
Eu nunca tinha passado da esquina daquela rua, que eu nem lembro o nome. Mas eu consigo visualizar na mente o numero da casa, perfeitamente, como se eu estivesse lá, agora, olhando aqueles números que devia ser do tamanho da minha pequena mão infantil, reluzindo em prata "1363". As crianças mais velhas chamavam a casa de "treze seis três vezes", não "Mil trezentos e sessenta e três” Acho que era pra dar mais medo: 13, o numero do azar, e três vezes o numero seis, coisa idiota, numero do demônio.
Mas não era difícil ver meninas de treze ou quatorze anos traumatizadas pelas ruas porque seus namoradinhos tinham levado-as lá. Os pais riam, porque já tinham sido aquelas crianças. A casa estava lá a mais de cinqüenta anos, parada, sem ser derrubada, maltratada, suja, com cheiro ruim.
A história que mais circulava de ouvido a ouvido nas noites em que as crianças se reuniam nas ruas pra contar histórias de terror era da menina. Sim, ela era chamada de "A menina" porque ninguém sabe ao certo o nome dela. Uns chamavam de Rita, outros de Mariana. Eu preferia o termo “menina” mesmo, me fazia ter menos medo. Por um nome Na Menina fazia ela se tornar mais real.
A história era a seguinte: A mais de 20 anos, uma menina nova havia chegado ao bairro. Era A Menina. Todos sabem como crianças são cruéis, então quando ela perguntou se podia brincar com os garotos e garotas da rua, o mais velho, que não devia passar de um pirralho de 12 anos, disse que a ela tinha que passar pela iniciação. Deveria passar uma hora na seis três vezes. Ela topou, por não saber do que se tratava a maldita casa. Poucos minutos antes das 18 horas, o horário combinado pra ela adentrar os portões de ferro da casa, algumas meninas começaram a lhe contar todas as histórias. Então o pavor rondou seu corpo e ela queria logo desistir. O garoto disse que se ela desistisse, jamais teria um amigo se quer ali. Porque todos passaram por aquilo (o que era mentira, óbvio.). Respirou fundo. Quando às 18 horas chegou, todos começaram gritar pra ela entrar logo, que ela não podia adiar e que mais tarde ou mais cedo ela teria que fazer aquilo. Menina, apavorada, cruzou os portões.
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Posso estar narrando isso com muita emoção, eu sei. É que eu tenho mania de botar um pouco de emoção nas lendas que conheço, elas ficam mais divertidas assim, não acham? Pois bem... deixe-me continuar....


Continuar uma outra hora. :)

segunda-feira, 17 de maio de 2010

odeio titúlos.

Quando eu digo que a vida ama pregar peças em mim, eu não estou mentindo. Agora, ela passou a querer botar a perna pra eu tropeçar, e perder as coisas que mais me importam na vida. Queria eu ter coragem de dar um piu, da coragem de amar de verdade, da coragem de falar a verdade.
Nos ultimos dias eu perdi até a coragem de viver. Sério, tudo que eu gostaria era me afogar em um copinho de coca-cola, ou então partir pra bem longe e nunca mais voltar. Ninguém vai entender meus motivos, e é bom mesmo que não entedam. Sou uma ameaça. AH!