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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Labirinto pra sempre

Borboletas voavam em volta da pequena princesa que brincava no labirinto na frente do castelo. Ela gostava de se perder no labirinto, porque sempre sabia que alguém logo a encontraria, e a traria de volta pro conforto de dentro do castelo. As borboletas eram suas amigas, gostavam do cheiro de seu cabelo e da cor dos seus vestidos fofos.
Uma voz nada suave tirou ela da sua viagem, do seu momento da tarde de viajar no seu labirinto decorado de cores e fitas psicodélicas.
- Pequena princesa, você não acha que brinca de mais de se esconder? – O monstro do meio do labirinto falou, com sua voz grotesca soprando o hálito podre no rosto da princesa. Ela sorriu, elegante.
- Sempre tem algum tolo pra me achar!- Ela falou rodopiando num pé só, rindo alto, passando o dedo pela sua coroa de brilhantes.
- Mas e se cansarem de você?
Essa frase aborreceu a pequena princesa, e ela chutou o monstro. Saiu correndo, queria sair do labirinto. Mas, só agora ela percebia que não sabia por onde sair daquele labirinto. Sempre soube entrar, sempre soube como se esconder perfeitamente, mas dar uma volta e sair, era completamente diferente. Nunca tinha feito sozinha, e os passarinhos tinham comido seu caminho de migalhas, e as borboletas morreram. E como o monstro disse, todos se cansaram dela, e como rei tinha morrido, deixaram ela por lá. E ela nunca mais encontrou a saída, e viveu sozinha, no labirinto, com o monstro lhe dizendo “avisei, pequenina”, pra sempre.

Um comentário:

  1. Pior é quando as circunstancias te ajudam a escapar, mas voce insiste em ficar dentro do labirinto.Medo de vencer.

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