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terça-feira, 1 de setembro de 2009

Morte

Ela corra pelos bosques iluminados por feito, com seus cabelos ruivos ao vento forte, alguns entrava pela boca quando ela não queria, mas não ligava nem os retirava. A felicidade do momento, sozinha por lá , pra ela parecia satisfatória.
Ela achava que estava sozinha, que podia correr delicadamente, com seus pés de bailarina. Seu vestido prata perfeito de festa, seus rosto iluminado pelo sol poente. Ela achava que tudo naquela tarde seria perfeita, e ela riria para o resto de sua vida. Mas não, não mesmo. Eu estava lá, e a observava, cada movimento, cada ruído que ela produzia, sua risada feliz ( que pra mim parecia tão irritante).
Eu estava em cima da grande árvore central que agora já nem me lembro mais a espécie, onde de lá podia ver tudo, inclusive a alma dela. Alma negra, que tanto ela escondera de todos. Minha sede é enorme, muito maior do que todo o bosque,e ela parece ser tão apetitosa, tão má e boa ao mesmo tempo.

O ataque é rápido, um segundo e sua felicidade parece ser agonia, e do lugar onde me encontro posso ver ela ajoelhando no chão, com a mão em cima do estômago, e do peito, tentando descobrir da onde vem toda aquela dor repentina. Eu esboço um sorriso, adoro ver isso. Ela merece. Todo seu rosto é contorcido em uma careta fatal, seu pescoço jogado pra trás e sua boca entre aberta. Estou sentindo agora sua alma entrando em mim, estou me sentindo mais forte.

Tudo que resta é um corpo se alma no chão. Posso ainda ver sua respiração baixa e lenta, posso sentir os olhos dela me procurando por cima, e a voz na sua cabeça pergunta " Porque, Deus meu? Porque eu? Porque hoje.". Eu rio, e ela me encontra com o olhar, e no mesmo segundo, seu coração para de bater.

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