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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Madness II

Passei tempos, dias, meses, pensando nesse momento. Ah, Carol... se você soubesse. Meus olhos ardem, eu estou cheio de você, cheio do seu cheiro, todo esse tempo, cheio de uma fúria infinita que desconto a cada chute. Porque diabos você teve que me deixar? Tem muita coisa que eu queria que você soubesse, mas acho que não tenho muito tempo.

Você grita demais, mas aqui ninguém vai te ouvir. Além de mim. Podia ter ouvido antes, todos os prós e contras da minha mente, mas escolho isso. Você morrer.

Acho que eu nem sei porque estou fazendo isso. Que horas são? Um dia se quer me amou, princesa?

Ando pra lá e pra cá, segurando os cabelos mais compridos que o normal, começando a fazer cachos. Olhando pra você, seus cabelos lisos e loiros, caídos no chão, perto da parede, banhados do teu sangue... é quase arte. Todas as lagrimas no meu rosto, são suas. E as suas, que nunca chorou por mim antes... maldita. Querendo fugir? Não dessa vez. Te pego pelos ombros, e te jogo pro lado. Cambaleante se vai de costas no chão. Te chuto, chuto, todo o sangue que sai ela tua boca, e cortes, a sua falta de respiração. Me é apavorante, mas gosto da sensação.

- Eu sempre...amei...você! - minha voz sai como um corvo, entre os dentes cerrados.

Teus olhos castanhos, teus lábios rosados com esse batom que eu nunca vi. E teu cabelo ta com um corte diferente do que eu me lembro. Eu preferia o outro. E pra que toda essa maquiagem? Tu é tão bonita... Desde da ultima vez, eu desejava acabar com você, porque você acabou comigo. Desde a ultima palavra, aquele ódio quando joguei o vaso de flor contra a parede. Furioso.

Vou até a mochila, aquela velha que usei na viagem para a Europa contigo, e tiro minha arma, tremendo. Minhas mãos estão suadas demais, odeio isso. Tem um buraco no meu peito, desde o dia que tu foi.

Você caída, sangrando, chorando, tudo arte minha. Nem parece um dia a guria que foi minha.

- Carol.

Meus olhos prestes a chorar. Dentes cerrados, engatilho a arma.

- Gi-Gil..

Aponto a arma pra tua cabeça, eu não posso suportar ouvir o que tem a dizer, a ouvir sua voz, sentir a tua dor que eu tô provocando. Engulo a seco.

Fecho os olhos com força, gatilho apertado.

Não tenho coragem de abri-los, então mais uma vez engatilho a arma, e apontando pra minha testa, aperto o gatilho pela última vez.

O dia ficou vermelho, que nem o tom da minha fúria.

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