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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Uma carta pra ninguém (você morreu).

Vagamente, as borboletas.

Sem outros insetos, só consigo me lembrar das borboletas. E a grama úmida de sereno, entre meus dedos e os seus, entrelaçados, das mãos, dos pés. Mas só em alma. A tua alma, a minha e as das borboletas.

Se lembra quando você me disse que animais tinham alma? E as borboletas...?

Acho que sim. Aliás, acho que são só almas por si só. Ou talvez nem existam.

Tinha chovido, lembra? Roupas molhadas, o cheiro da terra e da grama. Grama úmida entre nossas almas. Almas entrelaçadas.

Tenho saudade do tempo que você me amava, que você existia. Porque partiu?

Essa saudade...

Agora só sobrou eu.

Eu sozinha, e as borboletas.

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