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sexta-feira, 24 de junho de 2011

Sentir de verdade.

Não passavam de dois corpos e duas verdades. Ou uma só, depende do ponto de vista. Ela já tinha parado de se ver com ele como duas pessoas, e se via com ele como um ser único. Ela se sentia assim, não tinha culpa, era involuntário. E gostava.

Ele nem sabia o que pensar. Não pensava muito quando estava com ela, a não ser nela mesmo. Não via mais nada a não ser ela. Alimentava-se dela, bebia dela, sentia dela, banhava-se dela, vivia dela e de mais nada. Ele se sentia assim, não tinha culpa, era involuntário. E gostava.

Tanto faz, ela diz. Você que sabe é a frase preferida dele. Ela da um sorrisinho de canto, sabe do jeito dele, e vai levando assim, devagar, sem pressa, sem problemas. Nunca entendem o que o outro quer dizer, mas se entendem perfeitamente.

Tudo encaixa.
O corpo encaixa.

Ele sentado na borda da cama, com a testa apoiada nas mãos, e os cotovelos pressionados contra as coxas. Parece preocupado, mas só parece. É verão, e está só com bermudas jeans, de um tom de verde que ela gosta. Deitada na cama, observa o sol batendo nas costas dele, iluminando-o como um anjo. O seu anjo. Se aproxima, engatinhando, sorrindo, apenas de short jeans, não importa, estão sós em casa. Na casa deles. A casa tão sonhada. Felicidade pra sempre. Abraça-o, por trás. Desliza as mãos e os braços pelo o peito nu dele, acaricia-o devagar, com a ponta dos dedos e depois com toda a palma da mão. Ele quase não se move, mas sorri. Ela encosta o rosto no ombro esquerdo dela, e aprochega o corpo, encaixa os joelhos em cada lado da cintura dele e lhe beija devagar o pescoço. Sente o sol na pele, sente a pele dele na sua pele, sente muita coisa, coisa que nem sabia nomear, e nem sabia se de fato tinha nome.

Não tem fim todo o sentimento.
Nunca tem.
O que eu tenho a dizer?


É muito amor.

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