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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Um grão.

Estou presa a minha bagunça; Não me acho mais. Afundando lentamente em nós e desgostos. Meu coração vai em vem em ondas melancólicas, como o balanço do mar em março. Eu não durmo mais. Eu não como mais. Eu não vivo mais. Fecho os olhos e por segundos a dor some, e é impressionante como em um piscar de olhos as bombas explodem.

Minha alma não é tranquila faz anos, décadas, vidas. Isso já não importa enquanto eu olho o céu mudando de azul pra vermelho, e de vermelho pra cinza, e de cinza pra nada. Fecho os olhos pra dor sumir. Meu relógio não funciona e o tempo acelera, num ritmo inacompanhável, como os raios que saem dos teus olhos negros.

Meu corpo é um grão de areia na sua praia.

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