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sexta-feira, 9 de julho de 2010

Aliens, Robôs e Humanos. Quem você é?

Quando eu era pequena, eu gostava de observar tudo e a todos. Eu via cada pessoa existente a minha volta como aliens ou robôs. As vezes quando eu abraçava minha mãe, e ela estava muito ocupada e só me empurrava pra lá, eu botava na cabeça que um alien de outro planeta tinha absorvido o corpo dela, e que aquela não era minha mãe. Quando então ela me abraçava, dizia que me amava, e saía de mãos dadas comigo eu achava que ela tinha voltado pra mim, vencido aquele ET retardado que tinha tentado roubar-lhe o corpo.
Com meu pai era diferente. Eu nunca achei que ele era realmente uma pessoa humana, desde que tinha consciência que podia pensar o que eu quisesse. Pra mim ele sempre foi (e sempre será) um robô. É, ele sempre foi muito alinhado, muito concentrado, muito dedicado, muito sem movimentos, muito reto. Muito robô. "Ah sim, senhor! Ah sim, senhor!" Repetia varias vezes ao telefone. Eu achava que aquela frase tinha travado dentro da sua garganta metálica, ou um parafuso tinha se soltado de sua cachinhola ( era assim que eu chamava a cabeça de robô dele). Minhas irmãs e irmãos eram tão seres humanos, nas suas adolescentes conturbadas, bater de portas e quartos sujos! AH, como eu gostaria de ser eles. Acho que minha mãe Alien se irritava perante isso, e vivia brigando comigo quando eu, com meus 6 ou 7 anos, colocava uma blusa de minha irmã mais velha, ou falava um palavrão que tinha ouvido meu irmão do meio proferir a um amigo na sala, enquanto espiava seus diálogos escondida no corredor. Humanos! Errando, vivendo, rindo e sendo eles mesmos. Então eu fui crescendo, e meus irmãos também. E eu fui percebendo que cada um deles iam devagarinho, bem devagarinho mesmo se tornando robôs ou aliens, ou elfos ou que diabos eles precisassem ser nas suas escolas, seu trabalhos, suas vidas amorosas.
E eu tive minha fase humana, minha pequena e quase curta adolescência, aproveitei muito. Mas quando eu percebi que o mundo estava começando a  me tornar um belo robô, uma bela alienígena, eu me limitei a isso. Preferi viver a vida como um ser humano.  Porque nada melhor do que dizer o que pensa, e não precisar tomar óleo no café da manhã.

4 comentários:

  1. Eu vi seu perfil na comunidade mensagem subliminar,e vi no seu status o link pra este blog.
    Muito bom o texto,faz a gente pensar em como está a nossa vida atualmente,e a dar valor as pequenas coisas,como o carinho da mãe ^^

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  2. Fran, parabens pelo post, fiquei pensando em muitas coisas ao le-lo.

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  3. Me lembrou do episódio de Bob Esponja, fala que não? hahaha

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