As lagrimas eram de ouro.
As lagrimas no rosto, da mulher caiam douradas, e a língua dele buscava-as. Eram doces, e isso o satisfazia. Ele não se importava se para ter o doce na boca, tinha que fazê-la sofrer, mentir e bater nela, o que queria eram as lagrimas de ouro.
Uma vez cutucou em uma ferida velha da mulher, e isso fez ela chorar um balde inteiro, que ele guardou na sua geladeira vermelha que guardava dentro da sua garagem. De vez em quando ele põem o dedo dentro do balde, e lambe, aquele ouro tão precioso pra ele, e pra ela.
Outra vez, quando ia falar maldades pra mulher, um inseto mordeu sua mão e fez doer, e quando doeu, lagrimas de vodka caíram dos olhos dele, e a mulher se encantou. Bebeu cada uma com gosto, sentindo aquilo arranhar sua garganta gostosamente. Ele queria parar de chorar, mas ela beliscava-o, e contava todas as historias tristes que sabia, e faziam a vodka escorrer pelo canto dos olhos, e ela lambia, lambia até ficar bêbada, rir alto , dançar e se perder até cair no chão.
Ele fugiu. Ficou com medo.
Ela nunca mais chorou, mas comprou garrafas de whisky.
é empolgante vir e ler uma coisa dessas.Por fatores alheios aos outros, tenho motivos pra sempre vir; por razões já conhecidas me deslumbro com tuas produções.Adorei esta, né.O jeito como mescla as possibilidades e as verdades me deixa bobo.Talvez agora eu esteja involuntarimente deixando doses de vodka barata me escorrerem rosto a baixo, pingando e fazendo poças.Talvez seja falta de lambidas.Talvez elas não escorram só por dor.Já testou pra saber? No fim os dois podem igualmente até serem alimento e banquete, e ninguem aqui vai ter medo.
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